Por Alex dos Santos | @asralex
Fomos
colonizados pela única nação da história em que o rei foi morar na sua colônia,
esse fato foi marcado quando o então Rei Dom João VI fugiu para o Brasil com
sua corte, pois estavam entre a cruz e a espada, de um lado a Inglaterra
forçando Portugal a se aliar a eles e do outro a França liderada pelo Napoleão
Bonaparte querendo invadir a terra dos gajos. Na dúvida eles pegaram uma escolta
com a Inglaterra e fugiram para o Brasil, mas nessa fuga ficaram varias coisas
para trás e muitas foram perdidas no meio do caminho, pois os navios da frota
portuguesa era mal cuidada e embora o rei estivesse tramando a sua mudança a
algum tempo ele não se deu ao trabalho de planejar os seus meios transportes.
Passados
muitos anos, muitas empresas ainda trabalham da forma do nosso rei, “sem
planejamento e sem manutenção” sem contar a manutenção do mar de asfalto que
deveria ser feito pelas nossas autoridades que desconhecem as ondas de buracos
e tsunamis de problemas que existem em nossas rodovias. Hoje no Brasil, cerca
de 80% dos nossos produtos são transportados por caminhões, que transitam pelas
nossas rodovias todos os dias, e para quem acha que a vida de um motorista de
caminhão tem alguma coisa ver com a história dos personagens Pedro e Bino da
serie (Carga Pesada, Exibido pela emissora Rede Globo até o ano de 2010)
engana-se, pois embora as nossas estradas sejam cheias de aventuras e emoções o
final nem sempre é feliz como na ficção.
Nem de longe
desejamos que nossos motoristas de caminhões sejam o Airton Senna correndo na
pista de interlagos, mas também não queremos que eles sejam o Indiana Jones na
ultima cruzada, pois o estado de nossas estradas é tão deprimente que elas são
cheias de armadilhas que causam acidentes, tudo reflexo de ações desmedidas de
transporte a cima do peso e problemas políticos que impedem a boa manutenção de
nossas vias.
Sabendo disso
seria de bom senso pensar que deveríamos variar as formas de transporte para
que evitássemos tais problemas, a final existem mais formas de modais como
aéreo, aquaviario, dutoviario e ferroviário, se fossem feito o bom uso dos
outros modais transporte teríamos sem a menor sombra de dúvida um descongestionamento
das malhas rodoviárias, e o mais importante, as empresas economizariam com o
custo de transporte iriam diminuir a poluição e até o tempo de transporte. Somos
um país com inúmeros canais de fluviais e riquíssimo em mão de obra e matéria prima
para construirmos ferrovias, em contra partida somos pobres em iniciativa
publica e vontade de que o país sofra uma reestruturação na área de transporte.
Se usarmos o
corpo humano como exemplo de circulação veríamos as inúmeras veias que temos
para distribuir o sangue para todo nosso corpo e assim circular, se o nosso
sistema nacional de transporte fosse um corpo, teríamos uma veia muito
utilizada, porém entupida com a gordura do excesso de uso por parte do
transporte rodoviário e algumas pequenas veias que representam o restante dos
modais. Claro que cada modal de transporte tem suas vantagens e desvantagens
tais como:
Transporte Aéreo: É de longe a forma de modal mais rápida existente
na atualidade, em contra partida é a mais cara dada a sua manutenção, mas em
uma transação internacional ela se torna o diferencial positivo, pois agiliza o
processo de entrega ao cliente.
Transporte Ferroviário: Uns dos transportes mais baratos
existentes, mas seu uso esbarra na falta de estrutura que deve ser construída
para seu funcionamento, a construção de uma malha ferroviária é trabalhosa e
demanda de tempo, porém sua durabilidade é superior a 100 e se mantido com uma
manutenção constante pode durar mais ainda. Além do valor do frete o transporte
Ferroviário tem como principal vantagem a capacidade de transportar com grandes
quantidades cada vagão corresponde em média a 2 carretas por viajem e acaba
perdendo no quesito tempo de transporte, já que sua velocidade é limitada ou
seja para sua efetividade deve-se planejar o quando a mercadoria irá chegar ao
destino final.
Transporte Aquaviario: Nesse caso o transporte pode ser feito tanto
por mar, quanto por lagos e rios, podendo em alguns casos ser chamado como
aquaviario para mar, e hidroviário para rios e lagos, nesse caso o custo de
transporte para ambas as situações é baixo, porém deve ser estruturados quais
linhas serão usadas para que possa ser feito a distribuição no caso do uso
desse modal no mar as linhas já são traçadas desde muitos anos atrás, já que é
um dos meios de transportes mais antigos do mundo, em contra partida o
hidroviário é motivo de estudo quando diz respeito ao custo beneficio. Em um país cheio de rios e lagos o transporte
hidroviário pode ser uma forma de transporte alternativa a ser usada como vantagem
competitiva.
Transporte Dutoviario: Não muito conhecido por se tratar de um
modal de uso exclusivo para materiais líquidos ou gasosos o Dutoviario é sem a
menor sombra de duvida o modal com menor custo de todos, porém se esbarra na
questão de ser limitado ao tipo de
material a ser transportado, sorte das empresas que trabalham com materiais
líquidos. Esse modal é muito utilizado por empresas de gás butano ou
combustível.
Transporte Rodoviário: Esse transporte é o mais conhecido do
Brasil, e quem sabe do mundo, e pode ser considerado um modal de duas vias, ele
é efetivo no quesito velocidade, mas é movido pela lei de oferta e procura,
(claro quando não se trata de frota própria), sofrendo sazonalidade nos valores
de frete no decorrer do ano, mas algumas empresas acabam firmando contratos
para poder ter uma média de preço justa o ano todo. As malhas rodoviárias podem
ser fatores que impeçam uma efetividade maior desse modal já que os asfaltos
ruins fazem com que o fluxo de veículos seja menor, e por vezes causando danos
as cargas no decorrer do caminho.