domingo, 1 de abril de 2012

Brasil - A realidade do Transporte





Por Alex dos Santos | @asralex

Fomos colonizados pela única nação da história em que o rei foi morar na sua colônia, esse fato foi marcado quando o então Rei Dom João VI fugiu para o Brasil com sua corte, pois estavam entre a cruz e a espada, de um lado a Inglaterra forçando Portugal a se aliar a eles e do outro a França liderada pelo Napoleão Bonaparte querendo invadir a terra dos gajos. Na dúvida eles pegaram uma escolta com a Inglaterra e fugiram para o Brasil, mas nessa fuga ficaram varias coisas para trás e muitas foram perdidas no meio do caminho, pois os navios da frota portuguesa era mal cuidada e embora o rei estivesse tramando a sua mudança a algum tempo ele não se deu ao trabalho de  planejar os seus meios transportes.
Passados muitos anos, muitas empresas ainda trabalham da forma do nosso rei, “sem planejamento e sem manutenção” sem contar a manutenção do mar de asfalto que deveria ser feito pelas nossas autoridades que desconhecem as ondas de buracos e tsunamis de problemas que existem em nossas rodovias. Hoje no Brasil, cerca de 80% dos nossos produtos são transportados por caminhões, que transitam pelas nossas rodovias todos os dias, e para quem acha que a vida de um motorista de caminhão tem alguma coisa ver com a história dos personagens Pedro e Bino da serie (Carga Pesada, Exibido pela emissora Rede Globo até o ano de 2010) engana-se, pois embora as nossas estradas sejam cheias de aventuras e emoções o final nem sempre é feliz como na ficção. 
Nem de longe desejamos que nossos motoristas de caminhões sejam o Airton Senna correndo na pista de interlagos, mas também não queremos que eles sejam o Indiana Jones na ultima cruzada, pois o estado de nossas estradas é tão deprimente que elas são cheias de armadilhas que causam acidentes, tudo reflexo de ações desmedidas de transporte a cima do peso e problemas políticos que impedem a boa manutenção de nossas vias.
Sabendo disso seria de bom senso pensar que deveríamos variar as formas de transporte para que evitássemos tais problemas, a final existem mais formas de modais como aéreo, aquaviario, dutoviario e ferroviário, se fossem feito o bom uso dos outros modais transporte teríamos sem a menor sombra de dúvida um descongestionamento das malhas rodoviárias, e o mais importante, as empresas economizariam com o custo de transporte iriam diminuir a poluição e até o tempo de transporte. Somos um país com inúmeros canais de fluviais e riquíssimo em mão de obra e matéria prima para construirmos ferrovias, em contra partida somos pobres em iniciativa publica e vontade de que o país sofra uma reestruturação na área de transporte.
Se usarmos o corpo humano como exemplo de circulação veríamos as inúmeras veias que temos para distribuir o sangue para todo nosso corpo e assim circular, se o nosso sistema nacional de transporte fosse um corpo, teríamos uma veia muito utilizada, porém entupida com a gordura do excesso de uso por parte do transporte rodoviário e algumas pequenas veias que representam o restante dos modais. Claro que cada modal de transporte tem suas vantagens e desvantagens tais como:
Transporte Aéreo: É de longe a forma de modal mais rápida existente na atualidade, em contra partida é a mais cara dada a sua manutenção, mas em uma transação internacional ela se torna o diferencial positivo, pois agiliza o processo de entrega ao cliente.
Transporte Ferroviário: Uns dos transportes mais baratos existentes, mas seu uso esbarra na falta de estrutura que deve ser construída para seu funcionamento, a construção de uma malha ferroviária é trabalhosa e demanda de tempo, porém sua durabilidade é superior a 100 e se mantido com uma manutenção constante pode durar mais ainda. Além do valor do frete o transporte Ferroviário tem como principal vantagem a capacidade de transportar com grandes quantidades cada vagão corresponde em média a 2 carretas por viajem e acaba perdendo no quesito tempo de transporte, já que sua velocidade é limitada ou seja para sua efetividade deve-se planejar o quando a mercadoria irá chegar ao destino final.
Transporte Aquaviario: Nesse caso o transporte pode ser feito tanto por mar, quanto por lagos e rios, podendo em alguns casos ser chamado como aquaviario para mar, e hidroviário para rios e lagos, nesse caso o custo de transporte para ambas as situações é baixo, porém deve ser estruturados quais linhas serão usadas para que possa ser feito a distribuição no caso do uso desse modal no mar as linhas já são traçadas desde muitos anos atrás, já que é um dos meios de transportes mais antigos do mundo, em contra partida o hidroviário é motivo de estudo quando diz respeito ao custo beneficio.  Em um país cheio de rios e lagos o transporte hidroviário pode ser uma forma de transporte alternativa a ser usada como vantagem competitiva.
Transporte Dutoviario: Não muito conhecido por se tratar de um modal de uso exclusivo para materiais líquidos ou gasosos o Dutoviario é sem a menor sombra de duvida o modal com menor custo de todos, porém se esbarra na questão  de ser limitado ao tipo de material a ser transportado, sorte das empresas que trabalham com materiais líquidos. Esse modal é muito utilizado por empresas de gás butano ou combustível.
Transporte Rodoviário: Esse transporte é o mais conhecido do Brasil, e quem sabe do mundo, e pode ser considerado um modal de duas vias, ele é efetivo no quesito velocidade, mas é movido pela lei de oferta e procura, (claro quando não se trata de frota própria), sofrendo sazonalidade nos valores de frete no decorrer do ano, mas algumas empresas acabam firmando contratos para poder ter uma média de preço justa o ano todo. As malhas rodoviárias podem ser fatores que impeçam uma efetividade maior desse modal já que os asfaltos ruins fazem com que o fluxo de veículos seja menor, e por vezes causando danos as cargas no decorrer do caminho.