sexta-feira, 30 de março de 2012

BUROCRACIA: BOM OU RUIM?




Por Alex dos Santos | @asralex
Quando ouvimos esta palavra, os pés formigam, a barriga se enche de borboleta, a ansiedade toma conta. Infelizmente não, não é o mesmo sintoma de estar apaixonado, mas sim o sintoma de estar desesperado porque, indiferente do que você vai fazer, vai demorar e você vai se incomodar.
Caso você não esteja sentado peço por gentileza que se sente, pois as próximas palavras irão revelar algo que irá fazer com que muitas pessoas se surpreendam com tamanha notícia, mas a grande verdade é que, Max Weber quando teve a ideia de criar a Burocracia, tinha a melhor das intenções, e a tão desesperadora palavra que não vou repetir muitas vezes – já que algumas pessoas podem ter nervos à flor da pele e o pronunciamento desta palavra pode trazer algumas lembranças que desagradam.
No início a Burocracia era baseada em:
    • Caráter legal das normas e regulamentos;
    • Caráter formal das comunicações;
    • Caráter racional e divisão do trabalho;
    • Impessoalidade nas relações;
    • Hierarquia da autoridade;
    • Rotinas e procedimentos padronizados;
    • Especialização da administração;
    • Profissionalização dos participantes;
    • Previsibilidade do comportamento;
    • E acreditem, ele tinha um único objetivo: “Máxima eficiência da organização”
E nós, como tudo nessa vida, resolvemos complicar as coisas. Aquele homem que tinha apenas o desejo de padronizar e organizar as coisas até hoje se vira no seu leito de morte. Isto porque muitos não sabem como agir com teorias e ferramentas tão bem pensadas. Quer dizer, justiça seja feita, pois algumas pessoas sabem utilizar tais ideais com maestria; mas de qualquer forma a teoria na sua essência não passou de uma utopia.
Imagine se nossas organizações tivessem discernimento para implantar esses conceitos citados a cima, ou melhor, pudéssemos usar isso em nossas vidas. Certamente, nos sobraria tempo ao final do dia para passarmos juntos com os nossos, para jogar futebol sem sair correndo da empresa, para as mulheres poderem sentar no salão de beleza para falar dos outros e se arrumar sem nenhuma pressa. O problema é que muitos têm aversão a esse tipo de coisas, enquanto uma minoria sente enorme entusiasmo em se organizar e ver que tudo está correndo conforme seu planejamento.
O fato das pessoas serem diferentes pode ter sido o fato X que Weber não contava: mesmo ele sendo sociólogo esqueceu-se de como somos diferentes um do outro – graças a Deus; e o fato de sermos diferentes nos faz querer coisas diferentes termos valores diferentes e, embora a regra se aplique a todos, a reação é a inconstante que faz com que a teoria não tenha tanto êxito. E como as empresas vivem de resultados aqueles que não têm êxito passam a ser tachados de fracos ou incompetentes, quando na realidade essas pessoas apenas não tem um perfil que se adapte aquele formato de controle carinhosamente chamado de Burocracia.
Em fim, faço-me advogado do diabo em dizer que Weber que não estava errado e, sendo imparcial, digo que não estamos errados em fazer funesto uso dessa ferramenta incompreendida ainda por nossas mentes sedentas do capitalismo frenético, que nos exige que tudo seja para ontem e que se organizar é uma ótima forma de engessar o sistema que gera lucr

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